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Como vivo minha vida

Uma coletânea de opiniões e princípios que eu tenho e que determinam a forma como vivo minha vida.

Não tenho favoritos

Eu não tenho uma comida favorita, nem jogo favorito, nem música, filme, livro, animal, etc. Não é assim que meus gostos funcionam. Eu poderia até fazer uma lista de 10 favoritos numa categoria (sem ordem específica), mas essa lista provavelmente mudaria a cada semana.

Eu sei o que eu gosto e não gosto. Mas as coisas podem ser boas de formas diferentes, e eu posso gostar delas por motivos diferentes. Coisas são complexas, e é difícil realmente dizer que X é meu favorito e Y não.

Eu até acho que, pra muitas coisas, ter um favorito é quase algo infantil.

E também me recuso a ser fã de qualquer coisa

Eu me permito gostar de qualquer coisa que eu quiser, mesmo que isso vá contra qualquer caixinha que eu ou outra pessoa queira me colocar. Mas me recuso a ser fã de qualquer coisa. Mas me recuso a ser colocado em caixinhas, até por mim mesmo.

Ser fanático por uma coisa passa de qualquer limite do bom senso. Ser fã de alguma coisa quer dizer ignorar todos os problemas e continuar gostando.

Muita gente constrói sua identidade em cima de gostar de alguma coisa. E como lutamos para manter nossa construção de identidade, fãs continuam gostando algo depois que fica ruim. E atacam quem critica essa coisa. E se tornam cegos aos problemas e consequências, dividem o mundo em quem gosta e quem não gosta, lutam para proteger aquilo porque construíram sua identidade em cima disso.

Playstation vs Xbox, Flamengo vs Corinthians, Windows vs Mac, iPhone vs Android, Xiaomi vs Samsung. Aff…

Eu não tenho energia ou paciência pra isso. Enquanto o Xbox One era o mais atrativo, eu preferia ele. Quando o Playstation 4 ficou mais interessante, eu passei a preferir ele. Quando o Switch se tornou mais interessante, passei a preferir ele. Enquanto o iPhone me oferecer mais qualidade e privacidade vou preferir ele, mas quando deixar de me oferecer isso, parto pra outra.

Eu que não vou ficar torcendo pra que uma certa marca ou produto ganhe uma guerrinha imaginária criada por um departamento de marketing. Eu quero que EU ganhe algo, que quem tenha benefícios seja eu.

Música

Eu gosto de muitos estilos de música, e também não tenho um favorito. O que eu quero ouvir muda de acordo com estado de espírito.

Costumo ouvir muitos diferentes estilo de heavy metal. Mas também ouço pop, folk, rap, techno, música clássica, rock, dance, até um pouco de funk.

Tenho um apreço especial para músicas medievais ou folk, adaptadas para um rock ou metal moderno. Não importa se for em línguas que não entendo.

Eu gosto da música pela música, e não porque a letra dela diz algo engraçado ou polêmico. Hoje em dia é muito comum as pessoas gostarem de uma música por causa de algo que a letra diz, ou porque o refrão é repetido sem parar na mídia. Não é isso que me motiva a gostar de uma música.

Como muito da música brasileira é focada em fazer letras chamativas em vez da qualidade da música, eu acabo preferindo ouvir música internacional. Mas ouço muito rap nacional, e sempre tem exceções para os outros gêneros também.

Livros

Eu tento ler pelo menos 10 livros por ano. Leio tanto livros de ficção quanto não ficção. Mas quando estou lendo não-ficção, eu leio bem mais devagar porque tento absorver ao máximo aquele conteúdo e vou fazendo anotações e pausas para refletir.

No gênero de ficção, eu gosto principalmente de fantasia e ficção científica. Mas também me atraio por mistérios e suspenses.

No campo de não-ficção, eu leio bastante sobre ciência, psicologia, produtividade. Tenho lido bastante sobre hábitos e organização do meu conhecimento.

Comida

Eu sou bem aberto com comida e experimento muita coisa. Tenho um apreço especial por comida japonesa e mexicana.

Não tenho um apreço muito especial pelas comidas “lixo” da moda, como hambúrgueres, pizza, etc. Eu abriria mão de muitas pizzas por uma sopa de ervilha.

Não sou um grande fã de peixes. Em parte porque tem espinha, e eu odeio ter que ficar me preocupando se a próxima mordida é a que vai furar meu céu da boca ou minha garganta. Mas também não me atraio muito pelo sabor da maioria dos peixes. Atum e salmão são exceções.

Em relação a doces, eu prefiro coisas que não sejam tão doces. A maioria dos doces no Brasil são doces DEMAIS. Principalmente brigadeiro. Os doces no Brasil em geral são muito mais doces que nos outros países, mesmo comparando com países obesos como EUA, e isso me faz não gostar tanto de muitos doces nacionais.

Eu geralmente acordo com fome, então o café da manhã é muito importante pra mim. Geralmente como pão com presunto, pão de queijo, ou pão com manteiga na chapa.

Religião

Sou ateu, principalmente por questões científicas.

Eu sempre fui bem cético, e me recuso a acreditar em algo só porque alguém disse que é assim (e questiono um pouco a inteligência de quem acredita sem qualquer prova). Isso vale pra religião, e pra várias outras coisas.

Me recuso a acreditar em algo sem qualquer prova ou evidência, só porque uma grande quantidade de pessoas acredita. Ou porque alguém “sente” que isso é verdade.

Ainda por cima, a explicação religiosa de que “deus fez assim” é simplista demais, e não explica nada. Só move a questão um passo além.

Também rejeito a opinião de que a opinião de que um deus (mesmo que exista) deveria ser nosso compasso moral. Um deus que faz as pessoas sofrerem não é alguém no qual devemos basear nossos conceitos do que é bom ou ruim.

Roupas

Eu tenho um número limitado de roupas, e mantenho uma regra de “entra um, sai um”. Só posso comprar uma nova peça de roupa se eu me livrar de uma outra peça da mesma categoria. Uma camiseta por uma camiseta, e por aí vai.

Também tento manter um número limitado de cores das roupas, pra que minhas peças de roupa funcionem bem em conjunto. Eu quero poder pegar qualquer camiseta, qualquer bermuda, e saber que “combinam”.

Eu me recuso a usar roupas com grandes marcas estampadas. Além de feias, eu as considero uma afronta à minha dignidade, quase como se eu fosse um daqueles caras de filmes que se veste de sanduíche pra ganhar um dinheirinho pra pagar as contas.

Eu acredito que os valores envolvendo roupas estão invertidos. Eu não vou pagar com dinheiro do meu bolso pra fazer propaganda pra uma marca milionária. Se é pra fazer propaganda da marca por aí, eles que deveriam me pagar.

Também me recuso a usar coisas que sejam “símbolos de submissão”, como gravatas. Gravatas foram criadas de propósito para parecerem coleiras, e felizmente não são exigidas no mundo de TI. Eu me recuso a me declarar submisso a quem quer que seja, e reflito isso nas roupas.

Vigilância e privacidade

Sou contra o crescente aumento da vigilância no mundo da tecnologia, e tento me defender o melhor possível (mas sem me prejudicar demais). Eu sei que a única forma de ter 100% de privacidade com computadores é não ter um computador, então eu tento me contentar em pelo menos ter o máximo de privacidade possível enquanto ainda uso tecnologias.

Mas eu evito muita coisa que viole minha privacidade mais do que me traz benefícios. Mesmo fora do assunto computadores/internet.

Veja abaixo:

Dar CPF em lojas

Eu me recuso a digitar o CPF em lojas que pedem isso. Lojas de varejo são proibidas por lei de se recusarem a vender algo se eu não der o CPF, então sempre que pedem eu digo “não”.

Você não tem vantagem nenhuma em dar seu CPF na hora da compra, eles só querem isso para te rastrear. Eles associam a venda ao seu CPF e colocam no banco de dados deles para te explorar no futuro. Também vendem esses dados para outras lojas, para o mesmo propósito.

Eu digo em farmácias que não tenho plano de saúde

Muitas farmácias no Rio de Janeiro estão perguntando seu plano de saúde. Algumas oferecem algum pequeno desconto. Novamente, isso é algo que é usado mais para te ferrar.

Essa informação é vendida para todos os planos de saúde. Os planos de saúde então tentam usar machine learning para prever se você tem algum problema de saúde que não declarou para o plano, como base legal para recusar algum tratamento.

Ou então usam esses dados também para colocar você em níveis mais caros na hora de renovar ou assinar um novo plano.

Privacidade em celulares

Eu não tenho mais celular Android. A quantidade de dados que o Google absorve de você é absurda. Só do celular estar monitorando sua localização 100% do tempo já deveria ser assustadora, mas a maioria das pessoas considera normal.

Eu uso um iPhone. Apesar da Apple ter vários problemas, privacidade não é um deles. Só ter duas opções decentes de sistema operacional para celulares é uma porcaria, então acabo escolhendo a menos ruim.

Dispositivos inteligentes

Me recuso a ter muitos dispositivos inteligentes que só funcionem através da “nuvem” e/ou que invadam demais a minha privacidade, a menos que seja possível bloquear isso ou colocar um firmware alternativo.

Por exemplo, eu tenho interruptores inteligentes feitos pra funcionar na nuvem, mas troquei o firmware por algo que rode local. Tenho lâmpada inteligente que eu controlo localmente através do Home Assistant, em vez de usar servidores na China.

Me recuso a colocar câmeras conectadas na nuvem dentro da minha casa. Desativo a opção de ligar o microfone da TV para usar comandos de voz.

Além disso, todos os dispositivos inteligentes aqui de casa ficam numa rede wifi separada da minha rede principal e com muitas restrições, para não poderem roubar dados dos meus dispositivos conectados e nem poderem ficar mandando muita informação para a nuvem.

Privacidade online

Eu faço o máximo para proteger minha privacidade na internet, mesmo que isso diminua um pouco minha experiência ao navegar.

Eu uso bloqueadores de propaganda, mas isso é o mínimo que alguém deveria fazer online. E eu vou além. Não quero só bloquear propaganda, eu não quero ser rastreado. Então eu uso também apps que bloqueiam muitos rastreadores online.

Também bloqueio coisas que o Google usa para te rastrear, como por exemplo fontes externas em páginas web. De vez em quando isso significa que as páginas vão abrir com fontes feias, mas não me importo.

Além do bloqueador de propagandas como plugin do navegador, eu tenho um Raspberry Pi rodando o Ad Guard, e coloco ele como meu servidor DNS. Então toda verificação de DNS na minha casa inteira passa pelo Raspberry Pi, e ele bloqueia propagandas e rastreadores. Isso é ótimo, porque funciona mesmo em apps e dispositivos que não tem plugins de bloquear essas coisas.

Jogos

Além dos livros, jogos são um dos passatempos que eu mais gosto. Não importa se são jogos eletrônicos ou jogos de tabuleiro, eu gosto de vários.

Eu já tive consoles de todas as gerações até o Playstation 4 e Xbox One, mas vendi eles. Atualmente o único console de jogos que eu tenho é o Nintendo Switch, e não pretendo comprar um PS5 ou Xbox tão cedo.

Eu também jogo no PC. Tenho um notebook potente com uma placa de vídeo boa o bastante para jogar qualquer jogo que lança (apesar de não rodar no máximo). Eu não me importo com gráficos, então está ótimo.

Eu não me atraio pelos gráficos dos jogos. Não me importo se o jogo se parece com Dwarf Fortress ou um jogo de NES, desde que seja divertido.

Geralmente me divirto mais com jogos de RPG, estratégia e simulação (como Cities Skylines, Crusader Kings, Dwarf Fortress, Avernum), mas aprecio qualquer jogo que me permita ser criativo e/ou explorar um mundo aberto no estilo sandbox (como Oblivion).

Não gosto muito de jogos de tiro ou esportes. Também não costumo gostar de jogos sem personalidade, lançados repetidamente todos os anos (como Call of Duty, Assassin’s Creed, etc).

Redes Sociais

Eu abomino a maior parte das redes sociais de hoje em dia (2020). Ao contrário das primeiras redes sociais, essas atuais são focadas demais em usar truques psicológicos pra te manter incessantemente lendo um feed infinito onde te enfiam “influencers” goela abaixo. Não é uma interação social, não existe diálogo. É um monólogo, onde você só passivamente recebe “informação” inútil.

Ainda por cima elas são compostas apenas por pessoas mentindo pras outras como as vidas delas são maravilhosas, e todo mundo perde. Eu não quero gastar meu tempo pra sair psicologicamente ferrado em troca de nada.

Não uso Facebook, Instagram, Tiktok, nem nada semelhante. Tenho uma conta no Twitter que só entro uma vez por dia.

As únicas redes sociais que eu uso com mais frequência são o Reddit e Mastodon, porque me permitem focar em conteúdo de valor e ver zero vídeos de gente dançando e zero posts “lacradores”.

Política

Me recuso a tratar política como “time de futebol”, ou fingir que existem “dois lados”. E fico triste de ver a política brasileira ter ido para esse lado nos últimos anos. Assim como não tenho favoritos para nenhuma das outras coisas, não tenho favorito na política.

Eu me recuso a tratar qualquer assunto relacionado a política como algo fácil e simples. Qualquer candidato que aponte uma única coisa como a causa de algo no país, eu já desconfio e desconsidero a opinião.

Também me recuso a apoiar qualquer candidato que se baseie em fake news e campanhas de disseminação de mentiras e discurso de ódio. Também me recuso a apoiar candidatos que liderem redes de crime organizado. Por causa disso, o atual presidente bolsonaro foi o primeiro candidato a presidente que eu me recusei terminamentemente a apoiar sob quaisquer ciscunstâncias.

E não, isso não significa que eu “sou PT” ou qualquer coisa assim. Como falei, me recuso a ver qualquer as coisas como tendo dois lados, ou torcer pra algum político ou partido como se fosse um time de futebol que eu sou fã. Como falei, me recuso a ser fã de qualquer coisa.